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Pastoreio livre no Norte de Portugal

Tiago, lavrador e criador de gados, era um octogenário que conhecia, como ninguém, a região onde se criam equinos garranos e bovinos cachenos.
Em diversos dias, durante horas, conversou connosco sobre estas duas raças autóctones. Relatou-nos o que ouvira de seus pais e avós acerca, primeiramente, do milenário garrano e, depois, das brandas da Cachena.
Os garranos vivendo em liberdade

Apresentou-nos o verdadeiro Garrano, descrito pelos antigos como sendo um cavalo pequeno mas robusto; de perfil recto, por vezes côncavo; de altura máxima, medida ao garrote nos animais adultos, abaixo de 1, 35 m; de pelagem castanha comum, podendo tender para o escuro, quase sempre sem sinais; crinas e cauda pretas e desenvolvidas; cabeça fina e curta; olhos redondos e expressivos; narinas largas; pescoço curto, musculoso e bem dirigido, especialmente nos garanhões; espádua vertical e curta; garote baixo; peito amplo; costado ligeiramente arredondado; dorso e rins curtos mas largos; garupa larga, forte e um tanto horizontal; membros curtos mas grossos, fortes, quartelas direitas, vestidas de pêlo grosso; cascos cilíndricos; andamentos geralmente fáceis, rápidos, de pequena amplitude mas altos, de carácter bravio e arisco por natureza, quando vivendo em liberdade pelas serras.

Disse-nos que chegou a contar milhares destes garranos vivendo em liberdade nas serras de Viana do Castelo, de Arcos de Valdevez, de Paredes de Coura, de Ponte de Lima, de Terras de Bouro, de Vila Verde, de Vieira do Minho, do Parque Nacional da Peneda-Gerês.
As éguas, em estado bravio, por lá andavam livremente com os poldros (as), todo o ano, de dia e de noite, aos grupos de 20 ou 30 e mais, protegidas pelo garanhão; pariam e criavam, escondendo os filhos onde o mato era mais denso; de noite, em roda, dormiam juntas, com a cabeça voltada para dentro e a parte traseira voltada para fora para escoicear o lobo; os potros mais novos ficavam no meio protegidos pelos adultos.
Alimentavam-se das ervas espontâneas que brotavam nos prados cercados por enormes pedregulhos e também das urzes, das carquejas, dos tojos, das giestas, dos rosmaninhos. Semanalmente, pelo menos, um dos criadores visitava a manada onde tinha os seus animais. Cada ano, em dias determinados e quando os poldros já podiam ser desmamados, as éguas eram conduzidas, em manada, para sítios apropriados onde os poldros (as) eram apanhados, a laço, marcados com o sinal do seu proprietário, vendidos uns, enquanto as poldras voltam ao monte com as mães a fazer nova criação. O garanhão era irascível e às vezes feroz, mordendo e agredindo com os membros anteriores outros garanhões que se aproximassem da sua manada.
Nas lapas dos rochedos e debaixo dos arvoredos o Garrano abrigava-se da chuva, do frio e das moscas e deslocava-se pela serra na Primavera e Verão em busca de água, e chegavam, no Outono e no Inverno, a percorrer 50 a 60 km, diariamente, pelas serras à procura de pasto.
Estes garranos vivendo em liberdade eram bonitos, aprumados e o pêlo grosseiro, muito comprido, tomava no Inverno um aspecto ursino. Durante a conversa, repetidamente ia lembrando as suas proezas na apanha dos poldros para venda nas feiras da Portela, em Arcos de Valdevez, nas Feiras Novas de Ponte de Lima e na Feira da Ladra, em Vieira do Minho. O seu destino era, na quase totalidade, para recria.
Com olhar triste, lamentava a redução do efectivo Garrano. Nas serras, ainda se encontravam garranos vivendo em liberdade, mas em muito menor número. Podiam ser observados em manadas, na encosta ou no cimo da serra, durante a Primavera; no cimo, durante o Verão, por ser mais fresco; na encosta e no sopé, durante o Outono e o Inverno, por ser mais quente.
O seu território estava a ser invadido e perturbado pelos jipes, motos e ralis! Agredia-se, assim, o seu habitat natural e culpava-se o Garrano de ser o agressor!

O Garrano doméstico

Cedo, o Tiago habituou-se o a lidar com os garranos preparados para trabalho e para sela.. Ia, com seu avô e seu pai, buscá-los à serra e domesticava-os. Preparava-os para :lavrar os campos; semear e sachar os milhos; acarretar os matos e os estrumes, as lenhas e as colheitas; transportar o centeio e a farinha; carregar a dorso, de feira em feira, o cesto dos ovos, o açafate dos frangos coberto com um pano de linho.

Ensinava-lhes o passo “baixo” também conhecido por “andadura” : o Garrano avançava adiantando ao mesmo tempo os dois membros do mesmo lado. Era o movimento em duas batidas. O Garrano balanceava-se e o cavaleiro era embalado. Não deslocava peso na vertical e por isso não se cansava nem fatigava o cavaleiro. Podia percorrer meia centena de quilómetros por dia, durante vários dias, por caminhos íngremes e pedregosos.
Fazia-o por meios muito extravagantes, usando de grandes freios e esporas, aplicando às quartelas, por meio de correias, bolas, argolas de bolinhas e ferros de formas diversas.
Também lhes ensinava o passo travado: o Garrano levantava e apoiava separadamente cada membro. Era o movimento em quatro batidas. O cavaleiro era levado suavemente e com rapidez.
Era com grande emoção que falava dos garranos que montara na mocidade. Orgulhava-se de, nas grandes festas religiosas, ser o primeiro a abrir a procissão montado no seu Garrano, por entre arcos enfeitados, tapetes de flores, colchas pelas janelas, foguetes a estoirar, a banda a tocar. Fora montado num Garrano que levara os filhos a casar e os netos a baptizar
Era o cavalo dos caseiros do Minho, do camponês que trabalhava de sol a sol, do povo das regiões montanhosas (Andrade, 1938). Ao longo dos tempos fora sempre desprezado pelos zootécnicos (Lima, 1867), constantemente atacado pelos lobos; depois, dispensado pelo Exército; mais tarde, substituído nos transportes pelo automóvel e principalmente pela motorizada; agora, até os camponeses os vão cruzando com raças de maior porte; hoje, está inscrito na lista das raças de equinos em via de extinção, dentro do Espaço Comunitário (Races d’équidés menacées dans la C.E.E, 1993)
Em 1870, existiam à volta de 65 000 garranos; em 1935 cerca de 13 mil; hoje, nem há mil éguas adultas. A que chegou o nosso Garrano!
Era vê-lo, noutros tempos, com o cobertor preso à sela, de pele de raposa sobre a garupa, correr os vales, trepar as encostas, atravessar as serras levando montado o padre, o médico, o almocreve, de visita às aldeias escondidas pelos montes. Nas corridas, era tão grande a sua emulação - o desejo de ser primeiro – que empolgava o cavaleiro, enchia de orgulho o criador, deixava estupefacta a assistência e calava quem o desdenhava.
As recordações mais fortes do Tiago estavam ligadas aos seus garranos. Era ouvi-lo contar histórias das caminhadas às aldeias vizinhas, de sua participação em concursos e corridas, em torneios e provas desportivas, dos prémios ganhos, das taças conquistadas.
As suas considerações fizeram-nos reflectir sobre a preservação e melhoramento da raça Garrana; as escolas de equitação; os centros de aluguer de montadas; o intercâmbio entre associações de cavalos de origem celta. Debatia-se um conjunto de acções que postas em prática melhorariam seguramente o modo de vida dos criadores, motivando-os a continuar a criar garranos, de que destacamos:
1º - A criação de centros de recria, situados à entrada das serras e próximo das casas dos criadores, destinados a melhorar, exibir e divulgar em pleno os caracteres da raça, acolher as éguas de ventre nas proximidades do parto e proteger os potros até à idade de poderem defender-se dos lobos.
2º - A introdução nas manadas de garanhões testados genética e morfologicamente para melhoramento do efectivo existente.
3º - A substituição da marcação a fogo pelo microchip, por ocasião da inscrição dos garranos adultos no Registo Zootécnico
4º - A sensibilização do Estado Português e da Comunidade Europeia para o facto de o apoio financeiro e técnico dado à manutenção do Livro Genealógico do Garrano, que é património nacional e europeu, ser insuficiente para a execução de acções de melhoramento da raça envolvendo as técnicas mais modernas e concordantes com as normas comunitárias.
5º - A introdução de novas formas de utilização do Garrano sem esquecer que o povo da montanha mantêm o Garrano vivendo em liberdade por ser pouco exigente na alimentação, precisar de poucos cuidados, não ter custos e ser uma preciosa ajuda ao orçamento familiar.
6º - A instalação de uma escola de treinadores e equitadores pensada para os criadores de garranos do Minho. Apesar do Garrano ser o cavalo ideal para iniciar as crianças na equitação, apenas 6% dos actuais criadores têm experiência do ensino do Garrano para sela, só 8% frequentaram um curso de equitação, 61% possuem equipamento de montar limitado à sela, arreios, estribo, cabeção, à tradicional manta de trazer presa à sela, à pele de raposa de colocar sobre a garupa e apenas 9% usam traje de montar que se fica pelas botas, calças, colete e polainas (ACERG, Inquérito, 1997).
7º - O ensino da equitação privilegiando uma clientela que dê provas de frequentar habitualmente as zonas de montanha e a instalação de centros de aluguer de montadas, situados em zonas de forte atracção turística, dotados de uma organização que planeie frequentemente passeios equestres e passeios em carros atrelados. O objectivo é fazer da exibição e divulgação da “andadura” e do “passo travado” uma atracção do Minho Rural, uma fonte de rendimento para os criadores e um potencial para a revitalização da aldeia serrana.
8 – O intercâmbio entre associações gestoras dos livros genealógicos de cavalos de origem celta nas áreas da investigação genética, da experimentação e demonstração de novas formas de utilização de cavalos de pequeno porte. A concepção e execução de acções em comum a favor do bem estar dos criadores, dentro do grande espaço comunitário, seria um precioso contributo para o lançamento dos alicerces de uma gestão sustentável dos recursos naturais das zonas de montanha.
9º - A protecção à criação do Garrano vivendo em liberdade. Se, noutros tempos, criadores iletrados souberam protegê-lo, por que razão os criadores de hoje, letrados, alguns com cursos superiores universitários, semanalmente lendo jornais e ouvindo e vendo televisão, não conseguem defendê-lo? Se durante milénios um povo conseguiu manter uma raça contra o pensamento zootécnico dominante (Lima, 1873), porque não vai consegui-lo, agora, que tem algum apoio técnico e financeiro?
10º - A pesquisa e divulgação de argumentos fortes em defesa da existência do Garrano. Se razões de ordem económica não houvesse, bastaria o seu contributo para a manutenção da biodiversidade e do ecossistema das serras do Norte de Portugal para assegurar-lhe o direito de ser preservado, melhorado e valorizado.
11º - O apoio necessário à Associação de Criadores de Equinos de Raça Garrana (ACERG) para levar a cabo todas estas acções.

As brandas da cachena


A necessidade de produzir centeio, batata, fenos e, acima de tudo, pastorear bovinos, levou o povo da serra da Peneda a criar um original ecossistema baseado num habitat em brandas e inverneiras que sustentou um sistema económico e social estruturado e funcional, adaptado, experimentado, resistente até nossos dias.
As brandas da zona de criação da cachena eram aldeamentos de habitabilidade passageira e secundária. Situavam-se acima dos 600 metros de altitude e a uma cota superior à do local de residência permanente – a inverneira - a que se encontrava ligada.
Quando acolhiam só animais designavam-se brandas de gado; quando aliavam ao pastoreio a cultura da batata, do centeio chamavam-se brandas de cultivo.
As inverneiras eram outro conjunto de pastagens com pequenas casas para os criadores se abrigarem e em zonas de planalto, também com os seus lameiros tradicionais. Eram aldeamentos estruturados para uma habitabilidade permanente. Situavam-se nas ribeiras dos cursos de água principais, abrigados do rigor do Inverno. Destinavam-se à produção agrícola no Verão e pastos para o gado no Inverno. Os produtos vegetais eram para consumo e o gado para venda. À excepção das eiras e do espaço ocupado pelos espigueiros, os espaços livres entre as construções eram destinados à passagem das pessoas, dos carros de bois e dos gados. As cortes do gado distinguiam-se das habitações pela volumetria e pela função.
O Tiago contou-nos que, em tempos, os povos das vertentes oeste e noroeste da serra da Peneda (Fig.3) abandonavam, pela Páscoa, as terras mais baixas, a que chamavam “inverneiras” por aí passarem o Inverno, e subiam às terras mais altas, a que chamavam brandas ou verandas por aí passarem o Verão, levando consigo garranos, cachenos, gado miúdo e haveres. Cultivavam aí a batata, o centeio e apascentarem os gados. Só desciam às inverneiras perto do Natal, por ocasião da matança do porco.
Povoações havia que, não mudando de habitação no Verão, como as da freguesia de Sistelo, possuíam brandas que apenas utilizavam para a recolha diária do gado.
A branda de gado abrigava apenas os gados e alguns pastores, durante a noite, em toscas cabanas, os cortelhos. Eram construções primitivas, normalmente de planta circular e de pequena dimensão, construídas com blocos e lajes de granito sobrepostas que se fecham através de grandes lajes lisas e achatadas, formando falsa cúpula. Possuíam para a entrada do pastor, uma abertura estreita, baixa e sem porta, voltada para o lado mais abrigado dos ventos dominantes. No cortelho maior pernoitava o pastor, nos outros ficavam os bovinos, os bezerros e o gado miúdo. O cortelho era cercado por um muro também circular, a bezerreira, onde se protegiam as crias. Nalgumas brandas, existiam ainda cortelhos maiores e sem bezerreira, que permitiam a pernoita de vários pastores.
As brandas de gado, na maioria, pertencem aos moradores de um só lugar da freguesia, outras a moradores de vários lugares da mesma freguesia e poucas a mais do que uma freguesia.
A branda de cultivo recebia a população da inverneira, entre Maio e Outubro, quando o clima permitia a exploração dos terrenos agrícolas e os pastos podiam ser pastoreados pelos gados. As construções eram feitas com técnicas simples, tirando partido dos materiais disponíveis no meio. A sua lógica de funcionamento e o tipo de construção conferia-lhe durabilidade e eficácia.
Quem percorre, hoje, a serra ainda encontra brandas de cultivo exploradas como no início da sua formação. É o caso das brandas da Junqueira e de Grobelas, pertencentes ao lugar de Rouças, freguesia da Gavieira, que antigamente correspondia a inverneira. Os criadores, de Março a Dezembro, mandam os seus bovinos para a serra onde permanecem sem pastor, deslocando-se o criador uma vez por semana ou quinzenalmente para os observar. As vacas com crias de leite pastoreiam perto da branda e regressam à noite aos cortelhos. Os caprinos sobem à branda em Maio e regressam em Outubro, pernoitando sempre nos cortelhos. Não há pastoreio comunitário, cada criador vigia os seus gados. O gado cacheno de trabalho fica nas brandas e nas aldeias só para fazer as sementeiras e as colheitas. Ainda se vêem duas juntas atreladas uma a outra lavrando a leira mais larga. É em Abril que se planta a batata e em Agosto que se ceifam os fenos. No Verão, toda a família se fixa nas brandas.
A raça bovina que pastoreia livremente pelas serras é, em geral, a cachena. O efectivo inscrito no Registo Zootécnico é de 553 animais É um bovino muito pequeno, de altura média medida ao garote, abaixo de 1, 10 m; de perfil recto; cabeça pequena mas comprida; chifres muito desenvolvidos saindo para cima e para os lados em forma de parafuso ou saca-rolhas; membros pouco desenvolvidos e mal aprumados; pelagem castanho claro ou acerejado; pêlos curtos e finos no Verão, grandes e grosseiros no Inverno; de temperamento vivo e arisco, de grande longevidade, chegando a reproduzir aos 20 anos, embora aumentando com a idade o intervalo entre partos.
Nasce acomodado ao clima e aos pastos da região; lavra os socalcos mais estreitos e presta serviços de carreto por carreiros ingremes que outros bovinos não suportam.
Actualmente, algumas brandas de cultivo vão-se transformando em habitação permanente; as inverneiras deram origem às aldeias rurais; as brandas de gado vão perdendo a sua função.
Qualquer que seja o seu futuro, brandas e inverneiras formaram, durante séculos, um sistema económico e social gerido por uma comunidade solidária e estruturada. O seu funcionamento fechado e auto-suficiente obrigava a que o território fosse explorado ao máximo das suas capacidades, sempre sem perigar a produção e a renovação, sem destruir o património natural e os suportes produtivos para as gerações futuras. É o que designamos por gestão sustentável dos recursos naturais.
Não há quem passeie o olhar pelas aldeias da serra da Peneda, que não se demore a admirar este espaço físico, arquitectónico, económico, social e cultural criado por este povo da montanha, ao longo de séculos, sem intervenção e apoios externos.
Agora, que há apoios nacionais, técnicos e financeiros, estas gentes serranas parecem ter mais dificuldades em assegurar o contínuo “sobe e desce” entre a aldeia (antiga inverneira) e a sua branda de gado ou de cultivo. O receio do Tiago, nosso interlocutor, é de que o seu pequeno território, escondido pelos montes, abandonado de sempre, até agora desconhecido, venha a ser engolido pelo grande espaço comunitário em nome do progresso e de uma economia global.
Há, pois, que pensar com sabedoria a continuidade deste povo dentro do seu território sabiamente estruturado por sucessivas gerações.

As raças Garrano e cachena ainda existem pela capacidade de persistência deste povo, que, suportando um clima adverso, desafiando a rudeza das serras, ultrapassando em saber o conhecimento científico de cada época e de cada século, soube legar-nos um património genético que a comunidade científica, só hoje, procura avaliar.
É preciso avisar toda a gente, o mais depressa para que não se faça tarde, que com a expulsão deste povo laborioso do seu território, desaparece um ecossistema milenar e extinguem-se duas raças nacionais que sempre viveram em liberdade pelas serras do Norte de Portugal.

Adelino Gouveia
José Vieira Leite
Rui Dantas
Referências bibliográficas:
Lima, Silvestre Bernardo, 1867. “Inspecção Hípica do Reino”, in Arquivo Rural, Vol. X.Andrade, Ruy, 1938. “Garranos” in Boletim Pecuário, Ano XXII, nº 4.
Gouveia, Adelino A.S, 1999. In Preservação e Melhoramento da Raça Garrana. Um Plano Nacional. Projecto PAMAF-IED
nº 3054. Relatório Final..
Leite, José Vieira; Dantas, Rui, 2000. “Cachena”, in Catálogo de raças autóctones de Castela e Leão (Espanha)- Região Norte de Portugal. I .Espécies bovina e equina
Vários, 2000. Os milénios do Garrano. Associação de Criadores de Equinos de Raça Garrana (ACERG).