Este é um ritual ancestral que perdura através dos tempos. Em 1567 uma grande peste devastou a Província de Pontevedra na Galiza. Buscando protecção contra essa peste duas irmãs ofereceram um casal de cavalos a S. Lourenzo em troca de protecção contra essa peste.
Esse casal de cavalos multiplicou-se pelos montes de Pontevedra e assim até se tornar usual a presença de cavalos nos Montes Galegos.
Desta forma surge assim uma raça o cavalo Galego do Monte primo do nosso Garrano (são a mesma raça Garrano Galizano).
Esta permanência de cavalos nos montes trouxe benefícios económicos as populações locais, bem como levou ao surgimento de tradições ainda hoje existentes, a Rapa das Bestas.
Com a chegada dos meses quentes homens a cavalo percorrem os Montes Galegos ajuntando os animais a fim de os ajuntar no recinto chamado de curro, um local estratégico onde os animais são ajuntados a fim de receberem cuidados sanitários (desparasitações internas e externas) e ao corte das crinas e dos cabos (rabos) sendo as crias marcadas a Ferro acto imperativo de forma a Identificar os animais que andam soltos no monte.